quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ciclistas e segurança no trânsito




No caso do convívio no trânsito, com ciclistas, a consciência segura exige de cada um que “procure” o ciclista; que cada agente no trânsito “busque”, proativamente, a presença do ciclista. Pois sendo menos disciplinados, eles têm comportamento altamente perigoso, para si mesmos e para todos os demais. Afinal – e isto é fato, não simples acusação! –, os ciclistas transitam pelas ruas, na mão e na contramão, nas calçadas, em velocidades pouco compatíveis com a segurança, passando muito próximos das pessoas, fazendo manobras arriscadíssimas, falando ao celular, e não tendo qualquer fonte de melhor visibilidade, isto é: quase não usam refletores, nem faroletes, nem buzinas, e não se preocupam em usar roupas claras...

Regra de ouro

A regra, portanto, para quem quer ficar mais protegido, mais seguro, no trânsito, convivendo com os ciclistas, deve ser a seguinte: “procure, busque, proativamente, o ciclista!”. Agindo de tal modo, isto é, tendo esta atitude ou vivenciando esta consciência segura, o cidadão estará mais seguro e contribuirá para um trânsito mais seguro e humano. E por que “procurar” o ciclista? Porque as pessoas estão acostumadas a enxergar, com certa facilidade, os veículos maiores: ônibus, caminhões e automóveis. As bicicletas ficam quase invisíveis no trânsito. Se elas não forem buscadas, proativamente procuradas, elas não serão facilmente percebidas, e um acidente será mais provável! Ilustrando essa “regra de ouro” podem ser citados os seguintes exemplos.

Exemplos de aplicação da consciência segura

Ao tentar atravessar uma rua (e melhor, diante da faixa de segurança!) o cidadão haverá de procurar identificar um ciclista que possa estar circulando nas proximidades; isto evitará que alguém se assuste ou mesmo seja atropelado por um ciclista que surja, de repente, em alta velocidade e na contramão de direção, tirando “um fino” do cidadão. É importante que cada um de nós esteja atento a essa possibilidade real!
O motorista haverá de estar muito atento a buscar ciclistas na contramão, nos cruzamentos, e procurará identificá-los à noite, quando, então, eles se tornam praticamente invisíveis. Ao dar marcha à ré, a consciência segura do motorista o fará procurar alguma bicicleta mal estacionada logo atrás do veículo, ou buscar algum ciclista passando por trás, tranquilamente, apesar de ver a luz de ré acesa. Infelizmente, o ciclista que não pratica a consciência segura, confia que todo motorista, ou mesmo pedestre, o está enxergando claramente...

Antes de se abrir a porta do carro, uma busca proativa deverá ser feita, seja pelo motorista, seja pelo passageiro, pois muitos ciclistas passam raspando nos automóveis, costumeiramente e em velocidades relativamente altas.

Enfim, esta é uma regra verdadeiramente “de ouro”: buscar, proativamente, os ciclistas no trânsito. Mas aplica-se, também, a motociclistas e aos demais veículos no trânsito. A verdade é que uma atitude de maior atenção aos riscos naturais do trânsito, expressa pela consciência segura, e adotada por todos os protagonistas do trânsito, só tem a contribuir para um trânsito mais seguro para todos.

Uilso Aragono,   (Agosto de 2012)

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Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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