Neste Evangelho da
Transfiguração, o Evangelista quer dizer que:
1. Jesus sintetiza e realiza todo
o Antigo Testamento, que é representado por Moisés (a Lei) e por Elias (os
Profetas): a Lei e os Profetas são e eram considerados a essência das Sagradas
Escrituras.
2. Jesus é verdadeiramente Deus,
revelando aos apóstolos Pedro, Tiago e João, a sua verdadeira face luminosa
(divina), que, normalmente, é apagada pela sua Encarnação, como verdadeiro homem
que, também, era, exceto no pecado.
3. Deus-Pai deseja que todos
“escutem o que Ele diz”. E isto vem confirmar as palavras que a Mãe Maria disse
(no Ev. de Lucas) quando Jesus realizou o seu primeiro milagre, a pedido dela:
“Façam tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
4. Jesus antecipava e preparava
os três apóstolos para o seu destino doloroso e para a sua Ressurreição, que
não era bem compreendida por eles. Pois nem todos os judeus aceitavam a
ressurreição dos mortos: a corrente dos Saduceus, por exemplo.
5. Elias já veio, mas de forma
metafórica. Pois na verdade, Elias (o grande Profeta) veio na pessoa de outro
grande profeta, João Batista.
À nossa vida prática, do dia a
dia, este Evangelho deseja que:
a) aceitemos que Jesus seja, verdadeiramente
Deus (glória) e Homem (sofrimento) e que devemos buscar a nossa salvação pelo
“escutar” atentamente a Sua Palavra (ordem de Deus-Pai!);
b) que tenhamos a
nossa Fé aumentada, pelo testemunho de Moisés e de Elias e pelo Testemunho de
Deus-Pai: Jesus, sendo Deus, não poderá morrer como todos os mortais, mas
ressuscitará para a vida definitiva, pois, como dirá S. Paulo: “Se Jesus não
ressuscitou, vã é a nossa fé” (I Cor 15,14).
Uilso Aragono. (Fev. de 2019)