Os milagres de Jesus,
descritos nos quatro Evangelhos, são obras maravilhosas e, verdadeiramente,
arrebatadoras! São capazes de nos encantar a todos e de provocar uma profunda
reflexão sobre quem é este Homem, capaz de tantos feitos impossíveis aos homens
comuns... O texto abaixo procura identificar, a partir de uma busca nos
Evangelhos, quais são esses milagres, e apresenta-os por meio de uma breve
descrição, inicialmente, em relação ao Evangelho de S. Mateus.
30. A MOEDA NA BOCA DO PEIXE:
Quando chegaram a Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo foram a Pedro, e
perguntaram: “O mestre de vocês não paga o imposto do Templo?”. Pedro
respondeu: “Paga sim”. [...] “Mas, para não provocar escândalo, vá ao mar e
jogue o anzol. Na boca do primeiro peixe que você pegar, vai encontrar o
dinheiro para pagar o imposto. Pegue-o, e pague por mim e por você” (Mt 17,24.25a.27).
– Este é um outro milagre que comprova que Jesus tem poder sobre a Natureza.
Simplesmente ordenou que um peixe fosse pescado e lá estaria a moeda do imposto!
Quem vai interpretar esse episódio tão claro e objetivo de outra forma? Ou se
aceita tudo dos Evangelhos ou se rejeita tudo. Aceitar alguma coisa e rejeitar
outras é ser herético. Este é, justamente, o sentido da palavra heresia:
escolha, seleção...
31. OS DOIS CEGOS DE JERICÓ:
Quando estavam saindo de Jericó, uma grande multidão seguiu Jesus. Dois cegos
estavam sentados à beira do caminho. Ouvindo dizer que Jesus estava passando,
começaram a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós!”. [...] Então
Jesus parou, chamou os dois cegos, e disse: “O que vocês querem que eu faça por
vocês?”. Eles responderam: “Senhor, queremos que nossos olhos se abram”. Cheios
de compaixão, Jesus tocou os olhos deles, e eles imediatamente começaram a ver.
E seguiram a Jesus (Mt 20, 29-30.32-34). – O Senhor sempre terá misericórdia
de nós quando lhe pedirmos algo, com sinceridade e fé, que nos seja realmente
importante. Este milagre mostra claramente isto! Os cegos passaram a enxergar!
Novamente, quem interpretará de maneira diferente negando a objetividade da cura?
Só quem não tiver fé...
32. A JUMENTA E O JUMENTINHO
AMARRADOS: Então Jesus enviou dois discípulos, dizendo: “Vão até o povoado
que está na frente de vocês. E logo vão encontrar uma jumenta amarrada, e um
jumentinho com ela. Desamarrem e tragam os dois para mim. Se alguém lhes falar
alguma coisa, vocês dirão: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os mandará de volta’”.
Os discípulos foram e fizeram como Jesus tinha mandado (Mt 21, 1c-3.6.). –
Mais uma vez, Jesus demonstra o seu poder divino de clarividência: vê com
clareza as circunstâncias da vida que o cerca. Para Ele não existe nada oculto:
nem as coisas da vida nem o que se passa na mente dos que o cercam, como já
visto em outras partes do Evangelho.
33. CEGOS E ALEIJADOS CURADOS
NO TEMPLO: Os cegos e aleijados chegaram perto de Jesus, no Templo, e Ele
os curou. Os chefes dos sacerdotes e doutores da Lei ficaram indignados, quando
viram as maravilhas que Jesus fazia, e as crianças gritando no Templo: “Hosana
ao filho de Davi!” (Mt 21, 14.15). – Quantos cegos e aleijados eram? Ninguém
sabe; não foi informado. Mas podemos supor que tenham sido muitos, já que era
muito comum esses problemas de saúde naquela época, sem os recursos da ciência
de hoje. E Jesus curou a todos! Não somente a alguns e não a outros. Mas a
todos curou! Grande misericórdia e grande o poder de Jesus. Realmente, Homem-Deus!
34. A FIGUEIRA AMALDIÇOADA:
Na manhã seguinte, voltando para a cidade, Jesus ficou com fome. Viu uma
figueira perto do caminho, foi até lá, mas não achou nada, a não ser folhas.
Então Jesus disse à figueira: “Que você nunca mais dê frutos”. E, no mesmo
instante, a figueira secou. Vendo isso, os discípulos ficaram espantados e
disseram: “Como é que secou tão depressa?” (Mt 21, 18-20). – Somente um
poder divino pode explicar que uma árvore, por resultado de uma ordem (ou uma
maldição) possa ter secada instantaneamente! Pois foi o que aconteceu, de fato,
segundo o relato do Evangelho, e para espanto dos discípulos! É neste episódio
que Jesus aproveita para falar da importância de se cultivar a fé: “E tudo o
que vocês na oração pedirem com fé, vocês receberão” (Mt 21, 22).
35. A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA:
“Onde queres que façamos os preparativos para comermos a Páscoa?” Jesus respondeu:
“Vão á cidade, procurem certo homem e lhe digam: ‘O mestre manda dizer: O meu
tempo está próximo, eu vou celebrar a Páscoa em sua casa, junto com meus discípulos’”.
Os discípulos fizeram com Jesus mandou, e prepararam a Pascoa (Mt 26, 17b-19). –
É um verdadeiro milagre, já que Jesus, por sua divina clarividência, antevê a
casa do homem e manda dizer-lhe que celebrará em sua casa a Páscoa. E o homem
aceitou sem qualquer contrariedade! Ele não pediu. Jesus simplesmente comunicou
ao homem que iria celebrar a Páscoa na casa dele! Que maravilha de autoridade,
de personalidade! Que respeito Ele provocava nas pessoas!
36. A PREVISÃO DA TRAIÇÃO:
Enquanto comiam, Jesus disse: “Eu lhes garanto: um de vocês vai me trair”.
[...] Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.
O Filho do Homem vai morrer, conforme a Escritura fala a respeito dele. Porém,
ai daquele que trair o Filho do Homem. Seria melhor que nunca tivesse nascido!”.
Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, será que sou eu?”. Jesus lhe
respondeu: “É como você acaba de dizer” (Mt 26, 21.23-25). – Jesus, por seu
poder divino, demonstra que tem o dom da precognição, de conhecer o futuro! E
diz, claramente, que sabe quem O trairá. E seja registrada, aqui, a situação de
condenação eterna de Judas. Pois Jesus afirma que “seria melhor que nunca tivesse
nascido”! Se ele tivesse sido salvo, Jesus não teria dito essas palavras tão
fortes e verdadeiras!
37. MILAGRES LOGO APÓS A MORTE
NA CRUZ: Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo;
a terra tremeu, e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos santos
falecidos ressuscitaram. Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas (Mt 27, 50-53). –
Que maravilha! Deus não deixou de, abundantemente, manifestar-se logo após a
morte de Cristo. E os milagres foram estrondosos! A cortina dos Santos dos
Santos, no Templo, que se rasga; os túmulos que se abrem; os falecidos – muitos!
– que ressurgem para vida; e os que saíram do tumulo, logo depois do domingo da
Ressurreição, e que apareceram na Cidade Santa! E que foram vistos por muitas
pessoas! Como não acreditar que Jesus seja nosso Deus e Senhor?...
Aqui terminam os milagres de Jesus,
segundo o Evangelho de S. Mateus. Veremos, a seguir, os milagres de Jesus
segundo S. Marcos. E, então, faremos alguns comentários comparativos entre as
narrativas dos dois evangelistas.
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Uilso Aragono. (Agosto de 2019)