segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O IDIOMA MAIS NATURAL

A propósito do Dia da Ação pelo Esperanto - Língua Internacional (15/dez.), aqui vai um artigo que escrevi e foi publicado no jornal A Gazeta, Vitória - ES, em 2007.

Todos os idiomas do mundo são artificiais! Independentemente de serem étnicos ou terem sido planejados por alguém, todo idioma é uma criação artística da mente humana. Um idioma étnico somente aparenta ser “língua natural” devido à sua evolução natural. No entanto, tais idiomas, justamente por essa evolução natural, desenvolveram características lingüísticas muito pouco naturais... As variações fonéticas de uma mesma letra, o excesso de rigor na ordem das palavras na frase, os verbos irregulares, o excesso ou falta de acentuação das palavras, a falta de lógica na sua formação, tornaram as línguas étnicas muito difíceis de serem perfeitamente dominadas, até mesmo pelos seus falantes nativos.

Pode-se perguntar se tais dificuldades de um idioma étnico não poderiam ter sido superadas pelas suas respectivas academias lingüísticas. Excetuando-se pequenas intervenções, as academias pouco puderam fazer: os idiomas étnicos permanecem marcados por características de complexidade, ilogicidade e rigorismos gramatical e morfológico.

Essas últimas características não desqualificam ou desmerecem qualquer idioma! Este é como uma obra-de-arte: sempre se pode apreciar sua beleza! Para o estrangeiro, no entanto, tais dificuldades são uma barreira quase intransponível. E para as relações internacionais? A solução definitiva é a decisão racional pela utilização de uma língua planejada, estruturada para ser internacional: simples, lógica, flexível e etnicamente neutra – a segunda língua para todos os povos! Esta língua já existe há mais de um século: é o Esperanto, idioma iniciado pelo médico e lingüista polonês L. L. Zamenhof. Este é o idioma mais “natural”, porque elaborado para atender à natureza universal da mente humana que requer lógica, simplicidade, coerência, assimilação generalizadora, flexibilidade.

Por que o mundo, que tanto necessita de uma verdadeira língua internacional, étnica e politicamente neutra, ainda não o adotou? A resposta, de uma maneira simples, está associada a características “naturais” do ser humano: inclinação a um conservadorismo exagerado e a preconceitos mais ou menos inconscientes.

Somente a adoção mundial de um idioma planejadamente internacional, como o Esperanto, poderá vencer a barreira das línguas, definitivamente, num mundo que se quer globalizado. Para os que quiserem aprender o Esperanto: Curso Básico na UFES, prédio IC I, no primeiro semestre do ano; na Internet: www.cursodeesperanto.com.br (multimídia!).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Reforma ortográfica vale a partir de 1º de jan. de 2009

Conforme se lê na página do MEC, a reforma ortográfica será implementada a partir do dia 1º de janeiro de 2009. Durante um período de quatro anos, até 2012, conviverão as ortografias anterior e a prevista no acordo.

O que muda na ortografia do nosso Português? Em resumo, os seguintes itens esclarecem um pouco o assunto:

1) ALFABETO:

Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras “K”, “W” e “Y”.

2) TREMA:

Deixará de ser usado, a não ser em nomes próprios e seus derivados. A pronúncia continua igual, mas sem o trema: freqüência à frequência.

Poderá ser usado em nomes próprios de origem estrangeira: Bündchen, Müller.

3) ACENTO DIFERENCIAL:

Não serão mais usados acentos para diferenciar...

Como é hoje

Como vão ficar

pára (verbo parar)

para (preposição)

---

para

péla (verbo pelar)

pela (contração da prep. e do artigo)

---

pela

pólo (substantivo)

polo (combinação antiga de “por” e “lo”)

---

polo

pélo (verbo pelar)

pêlo” (substantivo)

pelo (contração da prep. e do artigo)

pelo

pêra” (substantivo)

pera” (prep. arcaica)

péra (substantivo arcaico, pedra)

pera

OBS.: pôr (verbo) e por (proposição); pôde (verbo, no passado) e pode (verbo, no presente) continum a ser diferenciadas!

4) HÍFEN:

Não será mais usado:

Se o segundo elemento começa com “s” ou “r”, estas consoantes serão duplicadas, como em “contrarregra”. – Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com “r”, isto é: “hiper”, “inter” e “super” e a primeira letra do segundo elemento começa por “r”.

Se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.

Obs.: se o segundo elemento tem a mesma vogal, o hífen está mantido.

Como é hoje

Como vai ficar

Continua em...

anti-religioso

antirreligioso

hiper-requintado

anti-semita

antissemita

super-resistente

infra-som

infrassom

inter-relação

auto-estrada

autoestrada

contra-regra

contrarregra

auto-aprendizagem

autoaprendizagem


5) ACENTO CIRCUNFLEXO:

Não será mais usado:

Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus derivados.

Em palavras terminadas em hiato “oo”

Como é hoje

Como vai ficar

Continuam iguais

crêem

creem

eles têm

dêem

deem

eles vêm (verbo vir)

lêem

leem

eles obtêm

vêem

veem

ele obtém (sing.)

enjôo

enjoo

eles detêm

perdôo

perdoo

ele detém (sing.)

vôo

voo

ele intervém (sing.)

6) ACENTO AGUDO

Não será mais usado:

Nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas:

Como é hoje

Como vai ficar

Continuam iguais

assembléia

assembleia

herói

heróico

heroico

chapéu

idéia

ideia

ilhéu

jibóia

jiboia

Anéis

Nas palavras paroxítonas, com “I” e “U” tônicos, quando precedidos de ditongo.

Como é hoje

Como vai ficar

Continuam iguais

feiúra

feiura

baú (baús)

baiúca

baiuca

saída

boiúna

Boiuna (sucuri, anaconda)

tuiuiú

---

---

Piauí

Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “U” tônico precedido de “G” ou “Q” e seguido de “E” ou “I”.

Como é hoje

Como vai ficar

(ele) argúi

(ele) argui

argúem

arguem

(tu) redargúis (replicas)

(tu) redarguis

redargúem

redarguem

averigúe(em)

averigue(em)

(que tu) apazigúes

(que tu) apazigues

7) No Português lusitano:

Serão eliminados o “C” e o “P” de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como “acção”, “acto”, “adopção”, “óptimo”, que se tornam: “ação”, “ato”, “adoção” e “ótimo”.

Será eliminado o “H” de palavras como “herva” e “húmido”, que serão grafadas como no Brasil: “erva” e “úmido”.

É, teremos de aprender a pronúncia separadamente da palavra, pois esta não mais indicará a sua correta pronúncia! Mas é o Português evoluindo!(?)... (Compilado de várias fontes.)

domingo, 2 de novembro de 2008

Direção sem acidentes: é possível!


Dirigir com segurança, evitando todo o tipo de acidentes, é sobretudo uma questão de ATITUDE! Atitude bem entendida: aquela prontidão, aquele estar atento, aquela disposição interior de respeito à vida e aos outros.


É possível dirigir durante décadas sem acidentes, como é o meu caso – 33 anos de carteira sem nunca ter me envolvido em qualquer acidente de trânsito –, se forem assumidas e seguidas certas regras da boa direção, como as que sugiro abaixo (1a parte)

  1. Ter humildade suficiente para contar com a proteção de Deus!

  2. Considerar que todos os outros motoristas são “imprudentes”... (Tais que poderão fazer monobras inesperadas e perigosas.)

  3. Nunca dirigir permitindo que a mente esteja cheia de “preocupações”.

  4. Nos cruzamentos, que são fonte potencial de acidentes, redobrar a atenção, parando o veículo e “procurando”, pro-ativamente, outros veículos, pedestres, ciclistas, animais, motos, etc.

  5. Manter, sempre, uma distância segura do carro à frente, tanto em movimento quanto parado. Nesta última situação, se houver uma batida por trás, a distância de um carro, pelo menos, poderá impedir que o próprio carro seja jogado à frente e atinja o carro seguinte; além disso, se o motorista estiver pisando no freio, evitará que o carro seja projetado à frente com muita velocidade!

  6. Ao dar a ré, olhar, efetivamente, para trás – antes de colocar o carro em movimento! –, procurando algum obstáculo.

  7. Evitar mudar de faixa de direção sem justificativa; e ao fazê-lo, olhar efetivamente para o lado desejado, antes de fazer a manobra! Mudanças de faixas sem motivos reais (andar em zigue-zague, ou “costurando”) são também, fontes comuns de acidentes.

  8. Usar o farol baixo (não o farolete), mesmo durante o dia! A segurança, advinda da maior visibilidade, aumenta em cerca de 30% dizem alguns especialistas. Isto se justifica, particularmente, para carros de cores pouco vivas, tais como prata, preta, grafite, cinza, marron, branco, etc.

  9. Usar, sempre!, e cobrar dos passageiros o cinto de segurança, mesmo aqueles do banco traseiro, e mesmo para trechos considerados pequenos: estando o carro em movimento, os acidentes já podem ocorrer! Os passageiros do banco traseiro não devem negligenciar! E cuidar muito bem das crianças e dos bebês, que devem ser protegidos por equipamentos adequados!

  10. Manter velocidades de deslocamento compatíveis com o ambiente por onde se circula. Velocidades acima dessas elevam as chances de acidentes. Especialmente em dias chuvosos, em que o pavimento fica mais deslizante, deve-se diminuir a velocidade, para níveis abaixo daqueles de dias secos! – a velocidade deve ser compatível, também, com a capacidade de frenagem do veículo e com a quantidade de carga transportada.

Num próximo post continuo estas regrinhas, frutos da minha experiência e do meu interesse em identificá-las durante minha vida de motorista.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ESPERANTO - LÍNGUA INTERNACIONAL

JORNAL DO BRASIL - 13/julho/2007

ESPERANTISTAS DO BRASIL E DO MUNDO, UNI-VOS!

Congresso no Rio comemora 120 anos de criação do esperanto e um século
da chegada do idioma ao país.

Uma das camisetas que Amarílio Carvalho vende em sua barraquinha tem estampa com motivos cariocas: Pão de Açucar, Corcovado, calçadão e os dizeres "Urbo Mirinda". Outra exibe o desenho de uma florzinha brejeira, com uma declaração de amor: "Mi amas vin". Em meio a mais de uma dezena de modelos, um cartaz anuncia o desconto camarada: "Prezo de banano". O leitor talvez não entenda, mas as frases fazem todo o sentido para o público-alvo de Amarílio: os frequentadores do 42o Congresso Brasileiro de Esperanto que, desde segunda-feira (09/julho), reúne centenas de adeptos do idioma internacional na sede das faculdades SUESC, na Praça da República.

Realizado anualmente, o congresso tem motivo duplo para festa em 2007. Os esperantistas celebram 120 anos da criação do idioma e um século da chegada do movimento ao Brasil. Amarílio é adepto há mais de 50 anos, desde que leu pela primeira vez, ainda nos bancos escolares, sobre a língua que o polonês L.L.Zamenhof criou para tentar aproximar a Humanidade: "Aquilo tocou meu coração", recorda.

- Idioma tem dois milhões de falantes no mundo -
Assim como Amarílio, mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo foram tocadas pelo ideal de Zamenhof e praticam o esperanto. No Brasil, não há estatísticas seguras, mas só a Liga Brasileira de Esperanto (BEL: sigla para Brazila Esperanto-Ligo) tem cerca de seis mil associados. O presidente da entidade, Pedro Cavalheiro, lamenta o pouco alcance do idioma no país: "É caviar cultural num país em que falta feijão com arroz cultural", compara.

A quixotesca história do esperanto no Brasil começou em 1907, no prédio vizinho à SUESC, primeira sede da BEL. Hoje radicada em Brasília, a entidade faz o que pode para divulgar os ensinamentos de Zamenhof. Além do congresso, que termina hoje, oferece cursos, seminários e promove intercâmbios com outros países.

Cavalheiro aponta a fonética simples e a gramática enxuta como as grandes vantagens do esperanto. E reage se alguém sugere que o inglês já ocupa o posto de idioma internacional do século XXI: " Tem gente que acha que somos um bando de malucos! Mas, ao contrário do inglês, o esperanto não ofende brios nacionalistas. É uma língua que, em tese, é tanto minha quanto sua, não é de país algum".

Cavalheiro evoca a história heróica do esperanto, cujos praticantes foram perseguidos por regimes totalitários do século passado (muitos morreram nas câmaras de gás nazistas) para revelar a grande aspiração do movimento: a paz mundial. Conta que a Associação Universal de Esperanto envia emissários a zonas de conflito, como a Faixa de Gaza, para transmitir aos rivais noções do idioma e lições de convivência. Mas hesita: "Se você escrever isso no jornal vão dizer que os esperantistas são sonhadores...".
Será?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Baterias alcalinas: recarregáveis?


Pesquisando sobre baterias, na Grande Rede, acabei deparando-me com um sítio que anuncia: Recarregue baterias alcalinas, aquelas encontradas em qualquer loja! (http://www.theweb2u.com/, em Inglês). A surpresa é natural. Afinal, sempre fomos levados a acreditar que tais baterias (ou pilhas) não são recarregáveis! No sítio oferecem um carregador que faz o serviço com alta eficiência, prometendo muita economia com a reutilização dessas pilhas já gastas, que normalmente iriam para o lixo...
Será verdade? Ou é mais uma armadilha para o consumidor? Alguns artigos técnicos independentes e outros sítios são lá citados para comprovar a realidade da afirmação e a real utilidade do produto Battery Xtender. É ler (mais) para crer!...

Quem sou eu

Minha foto
Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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