Acredita-se por aí que o professor ensine, isto é, tenha o poder de
ensinar.
Mas se fosse assim, todos os alunos aprenderiam e não se reprovariam.
O que se constata, no entanto, é que as palavras do professor parecem
voar...
Não se vê uma ligação direta, biunívoca, entre o ensino e a
aprendizagem.
Se o ensino existisse, como consequência ter-se-ia a aprendizagem.
Mas a aprendizagem é fruto do estudo e do esforço do aprendiz. E para isto as provas muito ajudam.
Pode-se então afirmar que o ensino seja virtual e a aprendizagem, real?
O binômio ensino-aprendizagem, expressão tão usada por pedagogos, não
estaria significando precisamente isto? Se existisse o ensino, puramente,
autonomamente, por que atrelá-lo à aprendizagem?
Na verdade, a aprendizagem é fato real para todo ser humano: aprende-se
desde criança.
Quem ensina uma criança de um ano a falar? Houve ensino? Houve
aprendizagem?
Ninguém duvida que exista o aprendiz; mas existe o “ensinador”? Este seria o professor!
Mas se o professor não tem poder de ensinar, qual é a missão do
professor?
O professor existe, não para ensinar, mas para orientar a aprendizagem.
Para incentivar o aluno no seu processo real de aprendizagem.
Para ajudar no processo de avaliação e autoavaliação do aluno.
Para tirar dúvidas e esclarecer as questões obscuras.
Para propor desafios e exercícios para aprofundar e fixar a
aprendizagem.
Para passar suas experiências de vida, de cidadania, e de profissional.
Para ser um guia, um amigo, um conselheiro, uma referência, um
educador!
Hoje, na era da internet e dos cursos à distância, cada vez mais se
torna o aluno um autodidata. E cada vez mais se torna o professor um orientador
da aprendizagem. Sim! O ensino é virtual... mas a aprendizagem é real!
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