Maria, a Mãe de Jesus, tão venerada e amada no seio da Igreja Católica,
e tão desprestigiada no meio dos irmãos evangélicos, é presença admirável,
constante e exemplar nos escritos do Novo Testamento. Abaixo são analisadas
algumas das passagens mais marcantes da presença de Maria junto a Jesus,
mostrando o quanto Ele A amava e ainda A ama.
NA ANUNCIAÇÃO
Na anunciação, Lucas nos
apresenta uma jovem que recebe a visita do Anjo do Senhor! Quem recebe tal
visita, nos escritos da Bíblia, e nos Evangelhos, em particular, é uma pessoa
que passa a ter uma missão especial na vida dos judeus e dos cristãos. Assim
aconteceu com grandes nomes da Bíblia: Abraão, Moisés, os profetas, Zacarias,
São Paulo apóstolo, etc. Todos os que receberam a “visita” do Senhor, de formas
as mais variadas, tornaram-se grandes nomes da vida da Igreja. Por que seria
diferente com Maria?
Alguns irmãos evangélicos
utilizam o argumento de que Maria ter-se-ia declarado, a si própria, como uma “humilde
escrava do Senhor” para concluir que, por isto mesmo, ela não seria nada mais
do que isso: uma mera serva do Senhor, tendo sido usada por Ele “apenas” para a
encarnação do Verbo Divino. Mas por que, então, os evangélicos têm tanta
admiração pelo Apóstolo Paulo – e por seus escritos e ensinamentos – se ele
mesmo, como Maria, se declara, em seus escritos, como um “abortivo”? Em ambos
os casos, a correta interpretação está ligada à humildade dos santos! Embora os
santos tenham consciência de sua santidade, também mantêm a consciência de que
são “humildes servos do Senhor”, sempre sujeitos à tentação e ao pecado. Maria,
portanto, com sua autodeclaração de humildade, manifesta, já na mocidade, e
diante de um anúncio maravilhoso, sua verdadeira santidade!
NO NASCIMENTO DE JESUS
Maria é a mulher do silêncio, da
confiança no Senhor! Mesmo passando por necessidades materiais, estando em
dificuldades para ter seu Filho, junto com José, seu esposo, confia no Senhor.
E tudo acontece sem maiores problemas: o Menino Jesus vem à luz, para ser a Luz
do mundo! Maria, nessa fase, é, simplesmente, Mãe: zelosa, dedicada e presença
amorosa! Tem consciência de que Jesus é Filho de Deus, embora, também, seu
próprio Filho.
Todo cristão católico ama Maria, e
a venera como a Mãe do Senhor, a Mãe de Jesus, porque acredita – junto com toda
a Igreja – que amar Maria é algo desejado por Jesus. Pois qual é o filho que
não ama sua mãe? E sendo Jesus o Filho Santo de Deus, como poderia Ele deixar
de exercer este amor filial, tão próprio de qualquer filho? Podemos concluir o
quão profundamente Jesus amava e ama Sua Mãe. E qual o filho que não desejaria
que seus amigos tratassem bem sua mãe? Qual o filho que não ficaria feliz de
ouvir dos amigos palavras gentis e elogiosas a respeito de sua mãe? Quem ama
mais a Jesus? – Os que dizem que O amam e O aceitam como Senhor e Salvador, mas
ignoram a presença de sua Mãe na história da Salvação? – Ou os que igualmente O
amam e O aceitam como Salvador e, além disso, amam profundamente Sua Mãe,
enchendo-a de elogios e de títulos como: Mãe de Jesus, Mãe de Deus (porque
Jesus é Deus), Mãe da Igreja, Mãe da Divina Graça, Nossa Senhora, Mãe imaculada,
Virgem Santa, Santíssima Mãe de Deus, etc.?... Quem ama mais a Jesus?...
NA ADOLESCÊNCIA DE JESUS
Maria e José, todos os anos,
exerciam o seu dever sagrado de visitar o Templo do Senhor, em Jerusalém. E
levavam Jesus, desde menino, para acompanhá-los a vivenciar a fé no Senhor.
Faziam uma viagem longa, a pé, em caravana com parentes e amigos, como
exercício de piedade e de fé. E uma vez, Jesus ficou para trás. Pensando que
estivesse com os parentes em algum ponto da caravana – como sempre devia
acontecer – Maria e José partiram em viagem. Ao perceberem Sua falta,
retornaram a Jerusalém e O encontraram no Templo, junto com os doutores da Lei.
Ao ser questionado pela Mãe, Ele responde: “Não sabíeis que devo cuidar das
coisas de meu Pai?”. E Maria, diz o Evangelista mais tarde, “guardava essas
coisas no seu coração”. Que exemplo bonito de fé e de amor a Jesus: guardar
suas palavras no coração! Os Santos existem para que os imitemos. E Maria,
sendo a Mãe de Jesus, deve ser imitada de modo todo especial!
Uilso Aragono, na Festa da Padroeira do Brasil, 12 de outubro de 2013.
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