segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A QUALIDADE DO ENSINO E A QUALIDADE DO PROFESSOR

Falar da qualidade do ensino é discorrer sobre algo que envolve múltiplos elementos ligados ao processo ensino-aprendizagem. Um desses elementos é o professor, que, sendo uma peça importantíssima no processo tem papel também relevante na avaliação da sua qualidade. O texto a seguir, faz uma reflexão sobre a função e a importância do professor nesse processo de ensino-aprendizagem.

A FUNÇÃO DO PROFESSOR

 A função do professor, se bem entendida e vivenciada, contribuirá, sem dúvida, para o bom aproveitamento do aluno, que é o objetivo de todo processo de ensino-aprendizagem. Essa função, diferentemente do que se acredita, não é a de, simplesmente, “passar conhecimentos” ao aluno, mas, sobretudo, de apoiá-lo na sua própria busca do saber! E se o estudo se dá em três momentos, quais sejam: ler, refletir e exercitar-se, então aquele apoio deve dar-se, sobretudo, no segundo momento da aprendizagem de um tema, isto é, naquele momento da reflexão e do surgimento da dúvida, quando, então, se pode concluir: uma dúvida resolvida é matéria aprendida! ...

O QUE É O ENSINO?

Mas, o que é o ensino? Ensinar é um processo tão complexo que não pode ser reduzido à simplicidade de uma ação. Não se “ensina” algo simplesmente por meio de explicações, comparações ou exemplos, mesmo que se utilizem, para isso, dos mais modernos recursos didáticos. O ensinar pode estar ligado a muitos e variados aspectos, tais como: esclarecer, ilustrar, comparar, incentivar, avaliar, mostrar, demonstrar, visitar, construir, criar, dentre outros.

O QUE É A APRENDIZAGEM?

Por outro lado, o que é aprender? O ensinar corresponde necessariamente e diretamente a um aprender? São processos simultâneos, ou podem ser assíncronos? Estas e outras questões podem ser levantadas na tentativa de se chegar a uma conclusão acertada sobre o processo ensino-aprendizagem.
Aprender não parece ser uma situação imediatamente decorrente do esforço de ensinar. Muitas vezes a explicação de um professor, mesmo de forma individualizada, não obtém a adequada resposta do aluno, isto é: ele não “capta a mensagem”... No entanto, isto acontecerá no momento certo, no tempo oportuno, após o esforço de busca da compreensão do assunto, quando, então, o aluno poderá dizer que “caiu a ficha”... Há, de fato, o tempo certo da aprendizagem, que não está, necessariamente, ligado ao tempo do ensino. Podemos dizer que somente há ensino instantâneo em relação a assuntos muito elementares, em que a inteligência do aprendiz é suficientemente apta para a apreensão imediata. Fora isto, é sempre um processo de esforço individual, constante e até solitário, aquele que conduz, efetivamente, à aprendizagem.

CONCLUSÃO


Ter consciência destas relações que envolvem o processo de aprendizagem pode fazer do professor um agente mais efetivo no auxílio ao aluno que trilha seu caminho em busca do saber. Buscar novas e ousadas metodologias a serem aplicadas na sala de aula deveria ser, sempre, o desafio motivador do professor que, realmente, se interessa pela aprendizagem do aluno. A qualidade do ensino estará, então, fortemente ligada à qualificação didático-pedagógica do professor, que, quando não atrapalha o processo, já ajuda...

Uilso Aragono. (nov;2015)

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Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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