Falar da qualidade do ensino é discorrer sobre algo que envolve
múltiplos elementos ligados ao processo ensino-aprendizagem. Um desses
elementos é o professor, que, sendo uma peça importantíssima no processo tem
papel também relevante na avaliação da sua qualidade. O texto a seguir, faz uma
reflexão sobre a função e a importância do professor nesse processo de
ensino-aprendizagem.
A FUNÇÃO DO PROFESSOR
A função do professor, se bem entendida e vivenciada,
contribuirá, sem dúvida, para o bom aproveitamento do aluno, que é o objetivo
de todo processo de ensino-aprendizagem. Essa função, diferentemente do que se
acredita, não é a de, simplesmente, “passar conhecimentos” ao aluno, mas,
sobretudo, de apoiá-lo na sua própria busca do saber! E se o estudo se dá em
três momentos, quais sejam: ler, refletir e exercitar-se, então aquele apoio
deve dar-se, sobretudo, no segundo momento da aprendizagem de um tema, isto é,
naquele momento da reflexão e do surgimento da dúvida, quando, então, se pode
concluir: uma dúvida resolvida é matéria aprendida! ...
O QUE É O ENSINO?
Mas, o que é o ensino? Ensinar é
um processo tão complexo que não pode ser reduzido à simplicidade de uma ação. Não
se “ensina” algo simplesmente por meio de explicações, comparações ou exemplos,
mesmo que se utilizem, para isso, dos mais modernos recursos didáticos. O
ensinar pode estar ligado a muitos e variados aspectos, tais como: esclarecer,
ilustrar, comparar, incentivar, avaliar, mostrar, demonstrar, visitar,
construir, criar, dentre outros.
O QUE É A APRENDIZAGEM?
Por outro lado, o que é aprender?
O ensinar corresponde necessariamente e diretamente a um aprender? São
processos simultâneos, ou podem ser assíncronos? Estas e outras questões podem
ser levantadas na tentativa de se chegar a uma conclusão acertada sobre o
processo ensino-aprendizagem.
Aprender não parece ser uma
situação imediatamente decorrente do esforço de ensinar. Muitas vezes a
explicação de um professor, mesmo de forma individualizada, não obtém a
adequada resposta do aluno, isto é: ele não “capta a mensagem”... No entanto, isto
acontecerá no momento certo, no tempo oportuno, após o esforço de busca da
compreensão do assunto, quando, então, o aluno poderá dizer que “caiu a ficha”...
Há, de fato, o tempo certo da aprendizagem, que não está, necessariamente,
ligado ao tempo do ensino. Podemos dizer que somente há ensino instantâneo em
relação a assuntos muito elementares, em que a inteligência do aprendiz é
suficientemente apta para a apreensão imediata. Fora isto, é sempre um processo
de esforço individual, constante e até solitário, aquele que conduz,
efetivamente, à aprendizagem.
CONCLUSÃO
Ter consciência destas relações
que envolvem o processo de aprendizagem pode fazer do professor um agente mais
efetivo no auxílio ao aluno que trilha seu caminho em busca do saber. Buscar
novas e ousadas metodologias a serem aplicadas na sala de aula deveria ser,
sempre, o desafio motivador do professor que, realmente, se interessa pela
aprendizagem do aluno. A qualidade do ensino estará, então, fortemente ligada à
qualificação didático-pedagógica do professor, que, quando não atrapalha o
processo, já ajuda...
Uilso Aragono. (nov;2015)
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