Sem querer desqualificar
os ciclistas, deve-se reconhecer, no entanto, que são eles os elementos menos
disciplinados no trânsito! E para que se evitem acidentes – tão comuns
envolvendo ciclistas – cada cidadão, esteja na situação de pedestre, esteja na de
motorista, deve buscar uma consciência bem esclarecida em termos de segurança
no trânsito. Seja esta denominada de “consciência segura”, isto é, a
conscientização de que em todos os lugares, particularmente, no trânsito,
deve-se estar focado nos riscos existentes ao redor.
No caso do convívio no trânsito, com ciclistas,
a consciência segura exige de cada um que “procure” o ciclista; que cada agente
no trânsito “busque”, proativamente, a presença do ciclista. Pois sendo menos disciplinados,
eles têm comportamento altamente perigoso, para si mesmos e para todos os
demais. Afinal – e isto é fato, não simples acusação! –, os ciclistas transitam
pelas ruas, na mão e na contramão, nas calçadas, em velocidades pouco
compatíveis com a segurança, passando muito próximos das pessoas, fazendo
manobras arriscadíssimas, falando ao celular, e não tendo qualquer fonte de
melhor visibilidade, isto é: quase não usam refletores, nem faroletes, nem
buzinas, e não se preocupam em usar roupas claras...
Regra de ouro
A regra, portanto, para quem quer ficar mais
protegido, mais seguro, no trânsito, convivendo com os ciclistas, deve ser a
seguinte: “procure, busque, proativamente, o ciclista!”.
Agindo de tal modo, isto é, tendo esta atitude ou vivenciando esta consciência
segura, o cidadão estará mais seguro e contribuirá para um trânsito mais seguro
e humano. E por que “procurar” o ciclista? Porque as pessoas estão acostumadas
a enxergar, com certa facilidade, os veículos maiores: ônibus, caminhões e
automóveis. As bicicletas ficam quase invisíveis no trânsito. Se elas não forem
buscadas, proativamente procuradas, elas não serão facilmente percebidas, e um
acidente será mais provável! Ilustrando essa “regra de ouro” podem ser citados
os seguintes exemplos.
Exemplos de aplicação da consciência segura
Ao tentar atravessar uma rua (e melhor, diante da
faixa de segurança!) o cidadão haverá de procurar identificar um ciclista que
possa estar circulando nas proximidades; isto evitará que alguém se assuste ou
mesmo seja atropelado por um ciclista que surja, de repente, em alta velocidade
e na contramão de direção, tirando “um fino” do cidadão. É importante que cada
um de nós esteja atento a essa possibilidade real!
O motorista haverá de estar muito atento a
buscar ciclistas na contramão, nos cruzamentos, e procurará identificá-los à
noite, quando, então, eles se tornam praticamente invisíveis. Ao dar marcha à
ré, a consciência segura do motorista o fará procurar alguma bicicleta mal
estacionada logo atrás do veículo, ou buscar algum ciclista passando por trás,
tranquilamente, apesar de ver a luz de ré acesa. Infelizmente, o ciclista que
não pratica a consciência segura, confia que todo motorista, ou mesmo pedestre,
o está enxergando claramente...
Antes de se abrir a porta do carro, uma busca
proativa deverá ser feita, seja pelo motorista, seja pelo passageiro, pois
muitos ciclistas passam raspando nos automóveis, costumeiramente e em
velocidades relativamente altas.
Enfim, esta é uma regra verdadeiramente “de ouro”:
buscar, proativamente, os ciclistas no trânsito. Mas aplica-se, também, a
motociclistas e aos demais veículos no trânsito. A verdade é que uma atitude de
maior atenção aos riscos naturais do trânsito, expressa pela consciência
segura, e adotada por todos os protagonistas do trânsito, só tem a contribuir
para um trânsito mais seguro para todos.
Uilso
Aragono, (Agosto de 2012)
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