Os milagres de Jesus,
descritos nos quatro Evangelhos, são obras maravilhosas e, verdadeiramente,
arrebatadoras! São capazes de nos encantar a todos e de provocar uma profunda
reflexão sobre quem é este Homem, capaz de tantos feitos impossíveis aos homens
comuns... O texto abaixo procura identificar, a partir de uma busca nos
Evangelhos, quais são esses milagres, e apresenta-os por meio de uma breve
descrição. Desta vez, em relação ao Evangelho de S. Marcos. Algum comentário
comparativo entre os Evangelhos é feito.
1. O BATISMO DE JESUS: Nesses
dias, Jesus chegou de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão.
Logo que Jesus saiu da água, viu o céu se rasgando e o Espírito, como pomba, desceu
sobre ele. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o
meu agrado” (Mc 1, 9-11). – É uma manifestação sobrenatural, na medida em
que não há alguém que possa falar em voz tão alta a ponto de ser ouvido por
todos os que testemunharam o batismo de Jesus. Sim, embora o texto diga que Jesus
viu uma pomba e ouviu uma voz, outros também devem ter, pelo menos, ouvido a
voz, para que o testemunho tenha sido registrado nos evangelhos de Marcos e de
Mateus. Neste último Evangelho, o registro é, praticamente, igual.
2. JESUS É TENTADO NO DESERTO.
Em seguida, o Espírito impeliu Jesus para o deserto. E Jesus ficou no deserto
durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Jesus vivia entre animais
selvagens e os anjos o serviam (Mc 1, 12-13). – Neste texto não há detalhes
sobre esse tempo que Jesus ficou no deserto. No texto correspondente de Mateus,
Jesus jejua, sente fome e é tentado pelo “tentador” nos aspectos do prazer, do
poder e da riqueza. Aqui, em Marcos, Jesus é, simplesmente, “tentado” por
Satanás, e o “tentador” recebe um nome. Em ambos os textos, Jesus é servido
pelos anjos.
3. JESUS CHAMA SIMÃO E ANDRÉ:
Ao passar pela beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André;
estavam jogando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: “Sigam-me,
e eu farei vocês se tornarem pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram
as redes e seguiram a Jesus (Mc 1, 16-18). – O mesmo aconteceu, logo em
seguida, com Tiago e João, filhos de Zebedeu. Impressiona a atração humana que
Jesus exerceu sobre esses primeiros apóstolos: um encontro, um chamado... e uma
decisão de seguimento imediato. Só pode ser um milagre! Este texto é idêntico
ao que há no Evangelho de Mateus (4,19-20).
4. A CURA DE UM ENDEMONIADO: Nesse
momento, estava na sinagoga um homem possuído por um espírito mau, que começou a
gritar. “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei
quem tu és: tu és o Santo de Deus!” Jesus ameaçou o espírito mau: “Cale-se, e
saia dele!”. Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande
grito e saiu dele. Todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros:
“Que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade... Ele manda até nos
espíritos maus e eles obedecem!” (Mc 1, 23-27). – Este milagre não consta do
Evangelho de Mateus, mas pode ser encontrado no de Lucas (4, 33-36).
Interessante observar que o possesso não tem apenas um demônio, mas vários, já
que diz: “Que queres de nós, Jesus Nazareno?”. E Jesus, com uma única palavra –
“Saia dele!” – expulsa, definitivamente, o demônio. Ainda hoje, embora em
número bem menor do que no passado, antes da vida de Cristo, existem casos de
possessão, cujos exorcistas só às duras penas conseguem libertar o possesso da
escravidão do demônio...
5. JESUS CURA A SOGRA DE SIMÃO:
Saíram da sinagoga e foram logo para
a casa de Simão e André, junto com Tiago e João. A sogra de Simão estava de
cama, com febre, e logo eles contaram isso a Jesus. Jesus foi aonde ela estava,
segurou sua mão e ajudou-a a se levantar. Então a febre deixou a mulher, e ela começou
a servi-los (Mc 1, 29-31). – Como no Evangelho de Mateus (8,14-15), bastou
um toque de Jesus – tomando-a pela mão – para que a sogra de Simão Pedro levantasse,
curada, e começasse a servi-los. O Senhor Jesus é o médico dos médicos, pois
tem o poder, divino, de curar não só as doenças do corpo, mas, também, as do
psiquismo (mente) e as da alma. Uma observação: as curas de Jesus são
completas, perfeitas! Não são curas parciais! No Evangelho de Lucas (4,38-39),
o texto narra o mesmo milagre.
– CONTINUA NA PARTE II, NO
PRÓXIMO BLOGUE.
Uilso Aragono. (Setembro de 2019)
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