sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A VIVÊNCIA DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO


Neste mês, a reflexão é sobre a vivência do tão fundamental, belo e abençoado sacramento do Matrimônio. São propostas algumas definições e colocados alguns aspectos práticos importantes para que tal vivência seja a mais produtiva e útil para o bem dos cônjuges.

INTRODUÇÃO

O Matrimônio é o único sacramento da Igreja Católica que, diferentemente dos demais, não precisa do padre para que aconteça. Ele é, apenas, a testemunha oficial da Igreja. Os noivos, juntos com a assembleia dos fiéis, são os elementos essenciais.

CASAMENTO CIVIL

O Casamento civil é a união de duas pessoas, de sexos diferentes, que queiram viver juntas, às próprias custas. No entanto, é um desafio muito grande para duas pessoas tão diferentes, fracas, falhas e pecadoras...

MATRIMÔNIO CRISTÃO

Este já é a união de duas pessoas cristãs com a Trindade: o Pai, o Filho e o Espirito Santo. Tornam-se “uma só carne” pois, como se lê no Gênesis (2, 21-24): “Carne da minha carne...”. Sem a força do Espírito Santo, é muito difícil que o matrimônio suporte tantas pressões e tentações do mundo. Pode-se dizer que o casal formado pelo matrimônio passa a ser constituído por mais do que duas pessoas:  a terceira é Cristo! Sem a presença do Senhor na vida de cada cônjuge, é muito difícil que o “amor supere todas as diferenças”.

Para que se tenha a certeza da presença do Senhor na vida do casal, há que se criar o hábito da oração diária, persistente, e da participação nos sacramentos da Igreja, especialmente, na Eucaristia.

INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

É próprio Cristo quem institui o matrimônio cristão, conforme o Evangelho de S. Mateus (19, 5-6). Jesus deixa claro que o matrimônio é indissolúvel, é para sempre! Quem se casa na Igreja, portanto, deve estar consciente de que está assumindo uma relação que deve ser para toda a vida do casal! Não é algo que se possa anular por algum motivo de capricho humano.

VALIDADE DO MATRIMÔNIO

O matrimônio cristão, para ser válido – e, portanto, para toda a vida! – deve acontecer segundo os critérios de liberdade, conhecimento e sinceridade. E deve ocorrer num ambiente de comunidade cristã. Daqui a necessidade de se ter uma testemunha da Igreja durante a celebração, de se terem os padrinhos e de se terem os convidados: parentes e amigos dos nubentes.

Importantíssimos são a liberdade de cada noivo e o conhecimento suficiente de um em relação ao outro: não sendo satisfeitos tais critérios de liberdade e conhecimento, pode o matrimônio padecer de nulidade na raiz, isto é, embora tenha acontecido com todas as aparências de um verdadeiro matrimônio, carece dos fundamentos necessários. Estar casando-se por conveniência social, por desejo de sair de casa, ou sem conhecer bem o noivo ou a noiva, incorre-se num erro fundamental que impede a validade do matrimônio.

SIMBOLIZA A UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA

S. Paulo deixa claro que o matrimônio cristão é uma imagem da relação entre Cristo e a Igreja. Assim como Cristo ama a sua Igreja, o marido deve, igualmente, amar a sua esposa. E, assim como a Igreja deve ser fiel a Cristo, deve, também, ser fiel ao seu marido. Mas é claro, que tais papeis sexuais podem ser invertidos: o que vale para o marido, valerá para a esposa, e vice-versa.

A QUE SE DESTINA O MATRIMÔNIO

É destinado ao bem e à felicidade dos cônjuges e à educação cristã dos filhos. Veja-se, portanto, que o matrimônio cristão é destinado a duas grandes e nobres funções, e não só a uma: a felicidade do casal. A procriação e a educação cristã da prole constituem a segunda, e importantíssima, função e destinação do matrimônio cristão.

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO NA PRÁTICA

Pode-se afirmar que, na prática, o sacramento do matrimônio é...
– um caminhar, juntos, na sociedade e na solidariedade;
– um caminhar, juntos, na fé, contanto com a graça do sacramento;
– um caminhar, juntos, “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...”;
– um caminhar, juntos, na educação dos filhos;
– um caminhar, juntos, para dar testemunho do que ele simboliza: a união de Cristo com a Igreja.

COMO VIVENCIAR BEM O MATRIMÔNIO

O matrimônio, para dar frutos de felicidade conjugal e educação cristão, efetiva, dos filhos, deve basear-se...
 na oração pessoal, a dois e em família;
– no afeto mútuo, como que de dois eternos namorados;
– no respeito: “... amando-te e respeitando-te todos os dias...”;
– no diálogo verdadeiro, onde as verdades são ditas, oportunamente, com muito amor;
– na humildade, onde se reconhece que, numa briga, os dois têm sua parcela de culpa;
– na caridade, em que se reconhece que “somente o amor constrói”;
– na paciência, quando se aceita que esta virtude é essencial na relação a dois;
– na vivência dos demais sacramentos da vida cristã, especialmente, na Eucaristia frequente;
– na fidelidade, não só em relação ao cônjuge, mas, também, em relação aos filhos, à Sociedade e a Deus;
– na capacidade de perdoar: “... e perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

CONCLUSÃO

O Sacramento do Matrimônio é um grande desafio à vida do casal cristão, mas que pode ser vivenciado com harmonia se nos abrirmos à Graça santificante de Deus. Esta graça ilumina a consciência dos cônjuges e os ajuda a orientar sua conduta de acordo com a melhor para o bem do matrimônio. E a vivência harmoniosa do Sacramento do Matrimônio é um importante testemunho cristão do amor de Cristo pela sua Igreja e pela humanidade.

Uilso Aragono. (ago. de 2018)

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Quem sou eu

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Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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