O texto abaixo é do Iniciador da língua
Internacional, o Esperanto, o médico e linguista polonês, Luiz Zamenhof. O título
original é: “O Valor da linguagem humana”.
Mas como sua ideia é defender e mostrar o valor e a oportunidade de se
ter uma língua internacional, o título foi assim modificado. Publico tal texto
em atenção ao assim chamado Dia de Ação pelo Esperanto (“Ago Tago”), comemorado
no dia 15 de dezembro, a cada ano.
Alguma vez os senhores já pensaram sobre o que propriamente foi que
elevou tão alto a humanidade, acima do nível de todos os animais, que na realidade,
são constituídos segundo o mesmo tipo dos homens?
Devemos toda nossa cultura e nossa civilização unicamente a uma coisa: à
posse da linguagem, que nos permite permutar pensamentos. Que seria de nós,
altivos reis do mundo, se não pudéssemos, pela linguagem, comunicar-nos uns com
os outros? Se cada um de nós tivesse que começar de novo a elaborar, com
experiências próprias, todo o seu saber e inteligência, em lugar de fazer uso –
graças ao intercâmbio de pensamentos – dos já prontos frutos da experiência e
dos diversos conhecimentos adquiridos durante milênios por milhões e bilhões de
criaturas semelhantes a nós? Não estaríamos um único degrauzinho acima dos diversos
animais que nos cercam e que se mostram tão estultos e incapazes!...
Mas se a possibilidade mesmo incompleta e limitada de intercâmbio dos
pensamentos teve para a humanidade uma significação tão grande, imaginai que
vantagem imensa, incomparável seria para toda a humanidade uma língua que desse
toda a plenitude ao intercâmbio dos pensamentos, e graças à qual não somente A
tivesse a possibilidade de comunicar-se com B, C com D, E com F, senão, também,
pudesse cada um deles comunicar-se com todos os outros!
Nem mesmo uma centena de grandes invenções e descobertas importantes fará
na vida da humanidade uma revolução tão grande e tão benéfica como a adoção de uma língua internacional!
(Ludovico Luiz Zamenhof: extraído do Curso de Esperanto – Pela Bíblia,
de Ismael Gomes Braga, publicado pela Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio
de Janeiro, 1963)
Uilso Aragono (Dez de 2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário