Este artigo é uma reflexão sobre
quem pode se considerar um verdadeiro cristão evangélico. Certamente não será o
fato de se pertencer a uma denominação cristã evangélica. Mas, sobretudo, o
fato de se acreditar e seguir o conteúdo pleno do Evangelho de Jesus Cristo.
O verdadeiro cristão evangélico,
portanto, é aquele que acredita e segue TUDO o que se encontra registrado no
Novo Testamento e sobretudo, nos quatro evangelhos, quais sejam: de Mateus,
Marcos Lucas e João.
Alguns aspectos apresentados, a
seguir, correspondem àqueles que, muitas vezes, são ignorados, ou mesmo,
desacreditados por muitos que se dizem evangélicos. Mas como é possível?...
1)
A anunciação
O texto da Anunciação apresenta,
claramente, a visita do Anjo Gabriel a Maria. E ele a chama por meio de uma
expressão única, somente a Maria aplicada! — “Ave (ou, alegra-te) cheia de
graça!”. Não há outra interpretação (a não ser que seja forçada): Deus, por
meio do anjo, a está reconhecendo “cheia de graça”. Estar cheia significa não
ter espaço para nada mais. Portanto não há espaço para o oposto da graça, que é
a desgraça ou o pecado.
Que outra criatura foi chamada
por Deus de ”cheia de graça”? Nenhuma
outra criatura ou pessoa! Portanto, Maria é uma mulher ESPECIAL! Nenhum
evangélico de verdade pode, então, considerar Maria uma mulher comum ou
qualquer.
E o Anjo diz mais: “O Santo que
nascer de ti será chamado filho de Deus”. Ora, se Maria da à luz o Filho de
Deus então ela tem de ser considerada a Mãe do filho de Deus. E como Jesus é
considerado Deus, no N.T., a segunda pessoa da Santíssima Trindade, então Maria
é, de fato, Mãe do Deus-Filho, ou, simplesmente, Mãe de Deus! Nenhum
verdadeiro evangélico pode, portanto,
deixar de considerar Maria como sendo a Mãe de Deus (o Filho).
2)
Maria e Isabel
Quando Maria visita Isabel, esta
a recebe de uma forma totalmente incomum. O Evangelho de Lucas relata que
Isabel a chama de “Mãe do meu Senhor”. Claramente Isabel está sendo inspirada
pelo Espírito Santo, pois não poderia ela saber que Maria estava grávida e,
ainda por cima, do seu “Senhor”! – a não ser por uma comunicação sobrenatural.
Este episódio antecipa a futura declaração de Pedro, igualmente inspirado por
Deus, de que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo!”. E daqui se conclui,
como acima, que Maria é, de fato, a Mãe do nosso Senhor!
3)
O magníficat
O canto de Maria, ao
visitar Isabel, é um canto profético, inspirado pelo Espírito Santo e,
portanto, digno de toda crença! Nesse canto, Maria louva o Senhor, se reconhece
Sua humilde serva e afirma algo – que certamente vem de Deus! – surpreendente: “Doravante
todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. Este termo significa uma
proximidade de Deus que só é possível aos seres mais puros e santificados pelo
próprio Deus, como os anjos e os santos profetas. Além disto, essas palavras
profetizam que Deus fará com que “todas as gerações”, no futuro, proclamem
Maria como “bem-aventurada”. “Todas as gerações” quer dizer que durante todas
as gerações futuras haverá aqueles que a reconhecerão e a proclamarão assim.
O
verdadeiro evangélico, portanto, não deixará de se filiar às fileiras
daqueles que, para fazer valer as palavras do próprio Deus, pela boca de Maria,
a reconhecerão e a chamarão por esse título: “Bem-aventurada”, isto é, Santa e
Feliz!
4)
As bodas de Caná
Durante o casamento de
amigos ou parentes de Maria, esta foi convidada, e Jesus, já com alguns
discípulos, estava, também, presente. Maria, antecipando-se a qualquer pedido
dos pais dos noivos, ou desses próprios, percebe a falta de vinho e se dirige a
Jesus pedindo-lhe que faça algo. Este episódio mostra a certeza que Maria já
tinha dos poderes sobrenaturais de seu Filho e de sua bondade e sua caridade. Por
isso não hesita em lhe comunicar e esperar dele uma manifestação de poder em
favor dos noivos. Vê-se aqui, claramente, uma intercessão de Maria, diante de
seus parentes e amigos, junto a Deus Filho. E foi tal que obteve de nosso
Senhor Jesus a antecipação de Sua hora: “Mulher, minha hora ainda não chegou”. Mesmo
tendo dito isto, Jesus atendeu ao pedido de Sua Mãe e resolveu o problema da
falta de vinho. E o fez transformando água em vinho da melhor qualidade, e de
forma abundante!
O verdadeiro evangélico, portanto, não deixará de
reconhecer em Maria, uma poderosa intercessora. Ainda mais quando, ainda hoje,
todos os cristãos reconhecemos nos irmãos (entendidos como pessoas da mesma
comunidade) esse mesmo poder: “Faça uma oração por mim, Pastor!”; “Me dê uma
bênção especial, Padre!”. Nesse exemplos estamos pedindo a “intercessão” de alguém
por nós. Tanto mais poderemos e deveremos – como ensina o Evangelho! – contar
com a muito mais poderosa intercessão de Maria, a Mãe de Jesus!
(Continua no próximo
blogue.)
//Desejando ler a parte II, basta clicar no link abaixo:
https://mondaespero-blog-uilso.blogspot.com/2017/10/o-verdadeiro-evangelico-cont.html
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Uilso Aragono. (Setembro de 2017)
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