Além dos estudantes, muitas pessoas, na busca de um melhor
emprego ou melhor cargo, submetem-se a provas, testes e exames. No entanto, nem
todos estão conscientes de que, para terem sucesso nessas avaliações de
competência, não basta apenas estudar intensivamente. Há que se levar em conta
que existem técnicas para estudar, aprender e, até, para fazer provas com mais
chance de sucesso. A seguir, algumas orientações para os que se encontram
nessas situações.
A ESCOLHA DO CURSO (OU DO CONCURSO)
O curso deve ser escolhido com base numa avaliação sincera e
realista da sua situação atual. A sua história de estudante e a sua auto
avaliação como tendo sido um bom, regular ou mesmo mau aluno durante os estudos
anteriores têm de ser levados em conta. Não adianta desejar inscrever-se em um
curso (ou concurso) para o qual a concorrência é muito elevada (número de
candidatos por vaga é grande) ou o número de pontos do último colocado é,
também, muito grande, se você não se sente capaz de chegar lá. Lembre-se de que
não dá para recuperar um possível atraso nos estudos em um semestre ou mesmo em
um ano de estudos intensivos! Seja realista e escolha seu curso como um meio termo
entre o seu sonho e a sua realidade!
PENSAR POSITIVO
Acreditar em si mesmo é fundamental para um melhor
aproveitamento nos estudos. O pensar positivo cria dentro de nós as condições favoráveis
para que a memória e o raciocínio, a animação e a concentração funcionem
adequadamente. E não há mal nenhum em dizer-se para si mesmo, e até para os outros,
que você vai passar nesse ou naquele concurso ou exame! Pois mesmo que isto não
aconteça, você terá conseguido o seu melhor desempenho possível! E isto é o
mais importante! Um exercício noturno, prático, simples, e muito importante,
deve ser praticado pelo estudante e candidato a algum cargo; ao deitar-se para
dormir, imaginar-se fazendo a prova e sentindo paz, tranquilidade, segurança e
sucesso na sua realização. Quanto mais vívida for a mentalização, melhores os
efeitos; e bastam aqueles primeiros minutos antes de se pegar no sono. Isto é
levar em conta que somos, todos, seres psíquicos, além de intelectuais e
espirituais.
EVITAR O ESTRESSE
O período de preparação para provas e exames é cheio de situações
de estresse, isto é: nervosismos, ansiedades, medos, pressa em aprender o que não
foi aprendido ainda, desgaste físico e mental, dentre outras. Isto tudo
acarreta a elevação do nível de estresse, que tem como consequências a diminuição
do rendimento nos estudos, a perda da eficiência da memória e o desânimo geral.
Para evitar o estresse é necessário que haja um mínimo de planejamento e organização
de horários de atividades. Estas devem prever não só os estudos, mas, também, o
necessário descanso (horas diárias de sono adequadas e suficientes) e o lazer (diversão
mesmo: passeio ao sol, cartas, leituras amenas e prazerosas, etc.). Evitar qualquer
excesso de atividades, além daquelas absolutamente necessárias.
UTILIZAR TÉCNICAS DE ESTUDO
Estudar compreende três fases importantes:
1) Primeiro contato com a matéria: é a primeira leitura,
ou a exposição pelo professor, ou a assistência de um vídeo – é a fase de INTRODUÇÃO;
2) Segunda leitura: com mais cuidado, buscando
esclarecimentos de novos vocábulos, pelo uso de dicionários, e procurando
refletir sobre as afirmações e informações apresentadas – é a fase da REFLEXAO;
3) Fazer
os exercícios recomendados: visando a fixar e memorizar as principais
conclusões e informações do estudo – é a fase da FIXAÇÃO (OU MEMORIZAÇÃO).
Importa, aqui, lembrar que os estudiosos do cérebro e da mente humana ensinam
que sem memória não saberíamos nem mesmo o nosso próprio nome! E que, quanto
mais se utiliza a memória, mais ela corresponde e se desenvolve!
UTILIZAR TÉCNICAS DE LEITURA ATIVA
Ler, ativamente, também inclui três fases importantes:
1) Leitura inicial: em que se sublinham as palavras
novas (para posterior consulta ao dicionário); somente palavras essenciais, que
precisam ser compreendidas para a texto fazer sentido, devem ser buscadas no
dicionário durante esta fase. Isto é importante, especialmente em livros não
didáticos, para que não se estrague o prazer da leitura. – É a fase INICIAL;
2) Após a leitura do capítulo, ou do livro inteiro:
marcam-se algumas sessões de estudo das palavras novas que foram sublinhadas
(ou marcadas de alguma forma), com a ajuda do dicionário. As frases correspondentes devem ser relidas
para que se possa determinar o sentido da palavra que está sendo utilizado pelo
autor, visto que ocorrem, nos dicionários, vários sentidos para uma mesma
palavra. – É a fase da APRENDIZAGEM;
3) Fazer um pequeno resumo: escrito, das principais ideias
do livro, como a relatar-se para alguém o conteúdo ou assunto do livro. – É a
fase da TRANSMISSÃO/ COMUNICAÇÃO.
UTILIZAR TÉCNICAS PARA FAZER PROVAS
Ao fazer uma prova, deve-se ter presente o fato de que há
técnicas para isto. As seguintes etapas devem ser seguidas pelo aluno quando
está sendo submetido a uma prova.
Provas curtas (poucas questões):
1) Ler todas as questões antes de se começar a resolvê-las.
Isto traz duas vantagens: faz-se um primeiro contato com os assuntos que estão
sendo cobrados, para se classificar as questões em fáceis, médias e difíceis;
permite-se ao inconsciente começar a “trabalhar” essas questões, pelo simples
fato de se ter tido contato com os problemas apresentados. Nosso inconsciente
“sabe tudo” daquilo que nós estudamos e já começará um processo de busca das
respostas para torná-las acessíveis ao nosso consciente no momento oportuno.
Embora muito poderoso, há que se dar tempo para que ele transmita, ao
consciente, todas as informações solicitadas.
2) Iniciar a solução da prova pelas questões consideradas
as mais fáceis, para que a sua solução, alcançada com sucesso, dê segurança
ao aluno e o tranquilize, pelo fato de já ter conseguido resolver algumas questões.
Tentar resolver uma questão considerada difícil, inicialmente, pode levar a
resultados exatamente contrários: insegurança e nervosismo, o que complicará o
sucesso da prova.
3) Continuar com as de nível médio. Após ter resolvido
aquelas fáceis, passar para as consideradas de nível médio, sem, no entanto,
permitir que se gaste muito tempo com cada uma delas, para se evitar sensações
negativas de nervosismo. Se a dificuldade for maior do que se acreditava,
deve-se passar para outra questão, média, antes de aparecer qualquer
nervosismo!
4) Finalizar com as de nível difícil. Tendo-se
resolvido as questões consideradas de nível médio, passa-se à tentativa de resolução
das questões consideradas difíceis. Nesta etapa, o aluno estará sentindo-se
seguro, satisfeito pela resolução de várias questões, e poderá concentrar-se, o
resto do tempo, nessas questões mais difíceis (lembrando-se de mudar para outra
questão, se houver, antes que qualquer sensação de nervosismo apareça). O fato
de se mudar de questão não atrapalha a sua solução, ao contrário, às vezes a busca
de solução de uma segunda questão contribui para a solução daquela que havia
sido suspensa!
Provas Iongas (mais de 5 ou 6 questões, do tipo
múltipla escolha):
1) Iniciar a solução da prova pela ordem natural das questões
apresentadas, mas evitando-se gastar mais do que 20% do tempo que caberia a
cada questão, isto é: 20% do tempo total da prova dividido pelo seu número de questões.
Este curto espaço de tempo deverá ser suficiente para se resolver a questão, se
ela for considerada fácil. Não sendo este o caso, passa-se para a questão
seguinte, embora algumas das opções já possam ter sido excluídas definitivamente,
o que torna mais fácil a questão, quando se retomar a ela posteriormente. Ao
agir desta forma, evita-se o surgimento de qualquer sensação prejudicial de nervosismo!
E ao chegar-se ao final da última questão, o aluno sentirá uma positiva sensação
de sucesso parcial, por já ter conseguido resolver aquelas questões que lhe são
fáceis, garantindo pontuação e tranquilidade para a continuação da prova. Ao
mesmo tempo, o inconsciente já terá material para trabalhar as questões
enfrentadas.
2) Ao chegar ao final das questões, na primeira etapa,
acima, retorna-se ao início da prova, na primeira questão não resolvida
totalmente. Novamente, gaste-se algum tempo com ela, mas sem se permitir demorar-se
muito na sua solução. Se esta não chegar, deve-se considerá-la uma questão “difícil”
e se deve passar para a questão seguinte. Prossegue-se assim até ao final da
prova, quando, então, todas as questões consideradas fáceis e médias já terão
sido resolvidas com tranquilidade. Isto traz, ao aluno, a positiva sensação de
sucesso parcial.
3) Retornar, agora, ao inicio da prova, na primeira
questão não totalmente resolvida. Pode-se gastar, agora, o tempo necessário à
busca da solução das questões consideradas difíceis, sem, no entanto, se deixar
ficar nervoso, o que só atrapalharia a solução da questão trabalhada. Nesta
etapa, as últimas questões (e as mais difíceis) estarão sendo resolvidas. E,
com certeza, o aluno estará com muito mais condições de resolvê-las do que
estaria se as tivesse enfrentado apenas uma vez, por tempo excessivo, na
primeira vez em que tivesse aparecido.
FIXAR UM LOCAL PARA O SEU ESTUDO
Um local mais ou menos fixo favorece a mente a condicionar-se
para o esforço da aprendizagem. Deve ser um local arejado, bem iluminado e sem interferências
sonoras (TVs, rádios, etc. desligados!). O estudante deverá estar sentado e bem
confortável, para que não se canse da posição em que se encontra, antes de cansar-se
do estudo, propriamente dito.
CONCLUSÃO
Se o estudante, que se prepara para provas e exames, levar em
conta tudo o dito acima, por meio de leitura e releitura do texto, seguidas de
adequada reflexão, só terá a ganhar em efetividade de estudo, aprendizagem e
provas realizadas. E concluirá, ainda, que tudo na escola da vida está associado
a objetivos bem estabelecidos, dedicação e métodos adequados.
Uilso Aragono. Julho de 2015.
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