terça-feira, 15 de outubro de 2013

O PROFESSOR E A APRENDIZAGEM

Acredita-se por aí que o professor ensine, isto é, tenha o poder de ensinar.
Mas se fosse assim, todos os alunos aprenderiam e não se reprovariam.
O que se constata, no entanto, é que as palavras do professor parecem voar...
Não se vê uma ligação direta, biunívoca, entre o ensino e a aprendizagem.

Se o ensino existisse, como consequência ter-se-ia a aprendizagem.
Mas a aprendizagem é fruto do estudo e do esforço do aprendiz.  E para isto as provas muito ajudam.
Pode-se então afirmar que o ensino seja virtual e a aprendizagem, real?
O binômio ensino-aprendizagem, expressão tão usada por pedagogos, não estaria significando precisamente isto? Se existisse o ensino, puramente, autonomamente, por que atrelá-lo à aprendizagem?

Na verdade, a aprendizagem é fato real para todo ser humano: aprende-se desde criança.
Quem ensina uma criança de um ano a falar? Houve ensino? Houve aprendizagem?
Ninguém duvida que exista o aprendiz; mas existe o “ensinador”?  Este seria o professor!

Mas se o professor não tem poder de ensinar, qual é a missão do professor?
O professor existe, não para ensinar, mas para orientar a aprendizagem.
Para incentivar o aluno no seu processo real de aprendizagem.
Para ajudar no processo de avaliação e autoavaliação do aluno.
Para tirar dúvidas e esclarecer as questões obscuras.
Para propor desafios e exercícios para aprofundar e fixar a aprendizagem.
Para passar suas experiências de vida, de cidadania, e de profissional.
Para ser um guia, um amigo, um conselheiro, uma referência, um educador!

Hoje, na era da internet e dos cursos à distância, cada vez mais se torna o aluno um autodidata. E cada vez mais se torna o professor um orientador da aprendizagem. Sim! O ensino é virtual... mas a aprendizagem é real!


sábado, 12 de outubro de 2013

A PRESENÇA DE MARIA NA BÍBLIA

Maria, a Mãe de Jesus, tão venerada e amada no seio da Igreja Católica, e tão desprestigiada no meio dos irmãos evangélicos, é presença admirável, constante e exemplar nos escritos do Novo Testamento. Abaixo são analisadas algumas das passagens mais marcantes da presença de Maria junto a Jesus, mostrando o quanto Ele A amava e ainda A ama.

NA ANUNCIAÇÃO

Na anunciação, Lucas nos apresenta uma jovem que recebe a visita do Anjo do Senhor! Quem recebe tal visita, nos escritos da Bíblia, e nos Evangelhos, em particular, é uma pessoa que passa a ter uma missão especial na vida dos judeus e dos cristãos. Assim aconteceu com grandes nomes da Bíblia: Abraão, Moisés, os profetas, Zacarias, São Paulo apóstolo, etc. Todos os que receberam a “visita” do Senhor, de formas as mais variadas, tornaram-se grandes nomes da vida da Igreja. Por que seria diferente com Maria?

Alguns irmãos evangélicos utilizam o argumento de que Maria ter-se-ia declarado, a si própria, como uma “humilde escrava do Senhor” para concluir que, por isto mesmo, ela não seria nada mais do que isso: uma mera serva do Senhor, tendo sido usada por Ele “apenas” para a encarnação do Verbo Divino. Mas por que, então, os evangélicos têm tanta admiração pelo Apóstolo Paulo – e por seus escritos e ensinamentos – se ele mesmo, como Maria, se declara, em seus escritos, como um “abortivo”? Em ambos os casos, a correta interpretação está ligada à humildade dos santos! Embora os santos tenham consciência de sua santidade, também mantêm a consciência de que são “humildes servos do Senhor”, sempre sujeitos à tentação e ao pecado. Maria, portanto, com sua autodeclaração de humildade, manifesta, já na mocidade, e diante de um anúncio maravilhoso, sua verdadeira santidade!

NO NASCIMENTO DE JESUS

Maria é a mulher do silêncio, da confiança no Senhor! Mesmo passando por necessidades materiais, estando em dificuldades para ter seu Filho, junto com José, seu esposo, confia no Senhor. E tudo acontece sem maiores problemas: o Menino Jesus vem à luz, para ser a Luz do mundo! Maria, nessa fase, é, simplesmente, Mãe: zelosa, dedicada e presença amorosa! Tem consciência de que Jesus é Filho de Deus, embora, também, seu próprio Filho.

Todo cristão católico ama Maria, e a venera como a Mãe do Senhor, a Mãe de Jesus, porque acredita – junto com toda a Igreja – que amar Maria é algo desejado por Jesus. Pois qual é o filho que não ama sua mãe? E sendo Jesus o Filho Santo de Deus, como poderia Ele deixar de exercer este amor filial, tão próprio de qualquer filho? Podemos concluir o quão profundamente Jesus amava e ama Sua Mãe. E qual o filho que não desejaria que seus amigos tratassem bem sua mãe? Qual o filho que não ficaria feliz de ouvir dos amigos palavras gentis e elogiosas a respeito de sua mãe? Quem ama mais a Jesus? – Os que dizem que O amam e O aceitam como Senhor e Salvador, mas ignoram a presença de sua Mãe na história da Salvação? – Ou os que igualmente O amam e O aceitam como Salvador e, além disso, amam profundamente Sua Mãe, enchendo-a de elogios e de títulos como: Mãe de Jesus, Mãe de Deus (porque Jesus é Deus), Mãe da Igreja, Mãe da Divina Graça, Nossa Senhora, Mãe imaculada, Virgem Santa, Santíssima Mãe de Deus, etc.?... Quem ama mais a Jesus?...

NA ADOLESCÊNCIA DE JESUS

Maria e José, todos os anos, exerciam o seu dever sagrado de visitar o Templo do Senhor, em Jerusalém. E levavam Jesus, desde menino, para acompanhá-los a vivenciar a fé no Senhor. Faziam uma viagem longa, a pé, em caravana com parentes e amigos, como exercício de piedade e de fé. E uma vez, Jesus ficou para trás. Pensando que estivesse com os parentes em algum ponto da caravana – como sempre devia acontecer – Maria e José partiram em viagem. Ao perceberem Sua falta, retornaram a Jerusalém e O encontraram no Templo, junto com os doutores da Lei. Ao ser questionado pela Mãe, Ele responde: “Não sabíeis que devo cuidar das coisas de meu Pai?”. E Maria, diz o Evangelista mais tarde, “guardava essas coisas no seu coração”. Que exemplo bonito de fé e de amor a Jesus: guardar suas palavras no coração! Os Santos existem para que os imitemos. E Maria, sendo a Mãe de Jesus, deve ser imitada de modo todo especial!

Uilso Aragono, na Festa da Padroeira do Brasil, 12 de outubro de 2013.