sexta-feira, 31 de julho de 2015

COMO SE PREPARAR PARA PROVAS E EXAMES

Além dos estudantes, muitas pessoas, na busca de um melhor emprego ou melhor cargo, submetem-se a provas, testes e exames. No entanto, nem todos estão conscientes de que, para terem sucesso nessas avaliações de competência, não basta apenas estudar intensivamente. Há que se levar em conta que existem técnicas para estudar, aprender e, até, para fazer provas com mais chance de sucesso. A seguir, algumas orientações para os que se encontram nessas situações.

A ESCOLHA DO CURSO (OU DO CONCURSO)

O curso deve ser escolhido com base numa avaliação sincera e realista da sua situação atual. A sua história de estudante e a sua auto avaliação como tendo sido um bom, regular ou mesmo mau aluno durante os estudos anteriores têm de ser levados em conta. Não adianta desejar inscrever-se em um curso (ou concurso) para o qual a concorrência é muito elevada (número de candidatos por vaga é grande) ou o número de pontos do último colocado é, também, muito grande, se você não se sente capaz de chegar lá. Lembre-se de que não dá para recuperar um possível atraso nos estudos em um semestre ou mesmo em um ano de estudos intensivos! Seja realista e escolha seu curso como um meio termo entre o seu sonho e a sua realidade!

PENSAR POSITIVO

Acreditar em si mesmo é fundamental para um melhor aproveitamento nos estudos. O pensar positivo cria dentro de nós as condições favoráveis para que a memória e o raciocínio, a animação e a concentração funcionem adequadamente. E não há mal nenhum em dizer-se para si mesmo, e até para os outros, que você vai passar nesse ou naquele concurso ou exame! Pois mesmo que isto não aconteça, você terá conseguido o seu melhor desempenho possível! E isto é o mais importante! Um exercício noturno, prático, simples, e muito importante, deve ser praticado pelo estudante e candidato a algum cargo; ao deitar-se para dormir, imaginar-se fazendo a prova e sentindo paz, tranquilidade, segurança e sucesso na sua realização. Quanto mais vívida for a mentalização, melhores os efeitos; e bastam aqueles primeiros minutos antes de se pegar no sono. Isto é levar em conta que somos, todos, seres psíquicos, além de intelectuais e espirituais.

EVITAR O ESTRESSE

O período de preparação para provas e exames é cheio de situações de estresse, isto é: nervosismos, ansiedades, medos, pressa em aprender o que não foi aprendido ainda, desgaste físico e mental, dentre outras. Isto tudo acarreta a elevação do nível de estresse, que tem como consequências a diminuição do rendimento nos estudos, a perda da eficiência da memória e o desânimo geral. Para evitar o estresse é necessário que haja um mínimo de planejamento e organização de horários de atividades. Estas devem prever não só os estudos, mas, também, o necessário descanso (horas diárias de sono adequadas e suficientes) e o lazer (diversão mesmo: passeio ao sol, cartas, leituras amenas e prazerosas, etc.). Evitar qualquer excesso de atividades, além daquelas absolutamente necessárias.

UTILIZAR TÉCNICAS DE ESTUDO

Estudar compreende três fases importantes:
1) Primeiro contato com a matéria: é a primeira leitura, ou a exposição pelo professor, ou a assistência de um vídeo – é a fase de INTRODUÇÃO;

2) Segunda leitura: com mais cuidado, buscando esclarecimentos de novos vocábulos, pelo uso de dicionários, e procurando refletir sobre as afirmações e informações apresentadas – é a fase da REFLEXAO;

3)  Fazer os exercícios recomendados: visando a fixar e memorizar as principais conclusões e informações do estudo – é a fase da FIXAÇÃO (OU MEMORIZAÇÃO). Importa, aqui, lembrar que os estudiosos do cérebro e da mente humana ensinam que sem memória não saberíamos nem mesmo o nosso próprio nome! E que, quanto mais se utiliza a memória, mais ela corresponde e se desenvolve!

UTILIZAR TÉCNICAS DE LEITURA ATIVA

Ler, ativamente, também inclui três fases importantes:
1) Leitura inicial: em que se sublinham as palavras novas (para posterior consulta ao dicionário); somente palavras essenciais, que precisam ser compreendidas para a texto fazer sentido, devem ser buscadas no dicionário durante esta fase. Isto é importante, especialmente em livros não didáticos, para que não se estrague o prazer da leitura. – É a fase INICIAL;

2) Após a leitura do capítulo, ou do livro inteiro: marcam-se algumas sessões de estudo das palavras novas que foram sublinhadas (ou marcadas de alguma forma), com a ajuda do dicionário.  As frases correspondentes devem ser relidas para que se possa determinar o sentido da palavra que está sendo utilizado pelo autor, visto que ocorrem, nos dicionários, vários sentidos para uma mesma palavra. – É a fase da APRENDIZAGEM;

3) Fazer um pequeno resumo: escrito, das principais ideias do livro, como a relatar-se para alguém o conteúdo ou assunto do livro. – É a fase da TRANSMISSÃO/ COMUNICAÇÃO.

UTILIZAR TÉCNICAS PARA FAZER PROVAS

Ao fazer uma prova, deve-se ter presente o fato de que há técnicas para isto. As seguintes etapas devem ser seguidas pelo aluno quando está sendo submetido a uma prova.

Provas curtas (poucas questões):

1) Ler todas as questões antes de se começar a resolvê-las. Isto traz duas vantagens: faz-se um primeiro contato com os assuntos que estão sendo cobrados, para se classificar as questões em fáceis, médias e difíceis; permite-se ao inconsciente começar a “trabalhar” essas questões, pelo simples fato de se ter tido contato com os problemas apresentados. Nosso inconsciente “sabe tudo” daquilo que nós estudamos e já começará um processo de busca das respostas para torná-las acessíveis ao nosso consciente no momento oportuno. Embora muito poderoso, há que se dar tempo para que ele transmita, ao consciente, todas as informações solicitadas.

2) Iniciar a solução da prova pelas questões consideradas as mais fáceis, para que a sua solução, alcançada com sucesso, dê segurança ao aluno e o tranquilize, pelo fato de já ter conseguido resolver algumas questões. Tentar resolver uma questão considerada difícil, inicialmente, pode levar a resultados exatamente contrários: insegurança e nervosismo, o que complicará o sucesso da prova.

3) Continuar com as de nível médio. Após ter resolvido aquelas fáceis, passar para as consideradas de nível médio, sem, no entanto, permitir que se gaste muito tempo com cada uma delas, para se evitar sensações negativas de nervosismo. Se a dificuldade for maior do que se acreditava, deve-se passar para outra questão, média, antes de aparecer qualquer nervosismo!

4) Finalizar com as de nível difícil. Tendo-se resolvido as questões consideradas de nível médio, passa-se à tentativa de resolução das questões consideradas difíceis. Nesta etapa, o aluno estará sentindo-se seguro, satisfeito pela resolução de várias questões, e poderá concentrar-se, o resto do tempo, nessas questões mais difíceis (lembrando-se de mudar para outra questão, se houver, antes que qualquer sensação de nervosismo apareça). O fato de se mudar de questão não atrapalha a sua solução, ao contrário, às vezes a busca de solução de uma segunda questão contribui para a solução daquela que havia sido suspensa!

Provas Iongas (mais de 5 ou 6 questões, do tipo múltipla escolha):

1) Iniciar a solução da prova pela ordem natural das questões apresentadas, mas evitando-se gastar mais do que 20% do tempo que caberia a cada questão, isto é: 20% do tempo total da prova dividido pelo seu número de questões. Este curto espaço de tempo deverá ser suficiente para se resolver a questão, se ela for considerada fácil. Não sendo este o caso, passa-se para a questão seguinte, embora algumas das opções já possam ter sido excluídas definitivamente, o que torna mais fácil a questão, quando se retomar a ela posteriormente. Ao agir desta forma, evita-se o surgimento de qualquer sensação prejudicial de nervosismo! E ao chegar-se ao final da última questão, o aluno sentirá uma positiva sensação de sucesso parcial, por já ter conseguido resolver aquelas questões que lhe são fáceis, garantindo pontuação e tranquilidade para a continuação da prova. Ao mesmo tempo, o inconsciente já terá material para trabalhar as questões enfrentadas.

2) Ao chegar ao final das questões, na primeira etapa, acima, retorna-se ao início da prova, na primeira questão não resolvida totalmente. Novamente, gaste-se algum tempo com ela, mas sem se permitir demorar-se muito na sua solução. Se esta não chegar, deve-se considerá-la uma questão “difícil” e se deve passar para a questão seguinte. Prossegue-se assim até ao final da prova, quando, então, todas as questões consideradas fáceis e médias já terão sido resolvidas com tranquilidade. Isto traz, ao aluno, a positiva sensação de sucesso parcial.

3) Retornar, agora, ao inicio da prova, na primeira questão não totalmente resolvida. Pode-se gastar, agora, o tempo necessário à busca da solução das questões consideradas difíceis, sem, no entanto, se deixar ficar nervoso, o que só atrapalharia a solução da questão trabalhada. Nesta etapa, as últimas questões (e as mais difíceis) estarão sendo resolvidas. E, com certeza, o aluno estará com muito mais condições de resolvê-las do que estaria se as tivesse enfrentado apenas uma vez, por tempo excessivo, na primeira vez em que tivesse aparecido.

FIXAR UM LOCAL PARA O SEU ESTUDO

Um local mais ou menos fixo favorece a mente a condicionar-se para o esforço da aprendizagem. Deve ser um local arejado, bem iluminado e sem interferências sonoras (TVs, rádios, etc. desligados!). O estudante deverá estar sentado e bem confortável, para que não se canse da posição em que se encontra, antes de cansar-se do estudo, propriamente dito.

CONCLUSÃO

Se o estudante, que se prepara para provas e exames, levar em conta tudo o dito acima, por meio de leitura e releitura do texto, seguidas de adequada reflexão, só terá a ganhar em efetividade de estudo, aprendizagem e provas realizadas. E concluirá, ainda, que tudo na escola da vida está associado a objetivos bem estabelecidos, dedicação e métodos adequados. 

Uilso Aragono.  Julho de 2015.

Quem sou eu

Minha foto
Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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