Vivemos num mundo de ilusões. São tantas as ilusões, tantas as mentiras
divulgadas como verdades, que podemos dizer que Gabriel, “O Pensador”, estava
certo no seu “rap” intitulado “Todas as mentiras do Brasil”. O texto abaixo
discorre sobre muitas mentiras, ou ilusões, a que todos estamos expostos no
mundo em que vivemos, seja nacional seja internacionalmente.
“Todos são iguais perante a lei.”
Esta expressão, registrada na Carta Magna brasileira, já expressa esse mundo de
ilusões em que somos levados a viver. Afinal, o que significa ser “igual”
perante a Lei, senão uma afirmativa totalmente ilusória? Porque se sabe, perfeitamente, que ninguém é igual a
ninguém; nem mesmo os gêmeos idênticos são, de fato, iguais – quem conhece
gêmeos de perto, sabe o quanto diferentes eles são: na personalidade, nos
gostos, etc! Ser igual perante a Lei é, portanto, a primeira grande ilusão em
que somos levados a acreditar. E tratar os diferentes como se fossem iguais é
uma grande injustiça! O que estaria por trás de tão grande ilusão como esta? O
Legislador talvez quisesse dizer que a Lei se aplica, igualmente, a todos os
cidadãos, independentemente de suas diferenças! E o que mais existe, hoje em
dia, são diferenças entre os cidadãos... No entanto, pode-se questionar: não
seria mais interessante, e mais humanamente justo, tratar as pessoas segundo
suas peculiaridades, identificando as diferenças entre elas?... E é,
justamente, o que acontece no mundo real. As pessoas são discriminadas,
positivamente, pela Lei e pelos costumes, ao arrepio da afirmativa
constitucional. De fato, as pessoas são discriminadas pelo sexo, por meio de banheiros
masculino e feminino; pela idade, por meio dos estatutos do idoso e do
adolescente; pelo extrato social a que pertencem, por meio de bolsas de ajuda
governamental e por meio de “tarifas de energia para baixa renda” e cartas
sociais, nos correios; e pela condição física, por meio de várias exigências
legais para os portadores de necessidades especiais, dentre outras
discriminações... Teria sido a demagogia a inspiração oculta dos legisladores
para cunhar uma expressão tão ilusória na Carta Magna? A verdade é essa:
ninguém é igual perante a Lei. A Lei que caracteriza o roubo isenta desse crime
o filho que rouba o pai... Este filho não é encarado, pela Lei, como ladrão,
porque teria roubado de seu pai; mas se fosse outra pessoa a roubar, esta seria
considerada ladra.
Em nível internacional, devem ser
destacadas as ilusões divulgadas pelo painel internacional sobre as mudanças
climáticas (o IPCC). São mentiras deslavadas, mas que têm sido apresentadas
como se fossem as maiores verdades do mundo! Felizmente têm sido contestadas
por um número cada vez maior de cientistas e denunciadas na forma de artigos
científicos, blogues e livros, em todo o mundo. Só a Livraria Cultura apresenta
em seu catálogo sobre o assunto, aquecimento global, vários livros, metade dos
quais de cientistas totalmente contrários às teses alarmistas de ambientalistas
radicais e seus cientistas apoiadores e, sabe-se lá, mais quem... Cai por terra,
segundo cientistas independentes, a história do aquecimento global. Este
estaria associado à influência do homem sobre a natureza, a partir da poluição
do ar pelo gás carbônico (CO2). Os denominados “cientistas céticos”
– em oposição àqueles que acreditam e dão seu aval à tese do aquecimento global
– têm demonstrado, claramente, que é muita presunção do ser humano acreditar
que possa estar influenciando o clima do mundo. Verifica-se que o homem somente
tem alguma influência sobre algo equivalente a aproximadamente 7% da superfície
da Terra, sendo o restante coberto por água (71%) e geleiras, desertos e
florestas. Dizem, esses cientistas, que o clima é algo dependente de fenômenos
naturais muito maiores do que qualquer poluição ou atividade humana. Pode-se
reconhecer, no máximo, uma influência sobre o ambiente local, por meio de
poluição atmosférica, sonora, visual, etc. Verifica-se, ainda, que o tão
malfadado CO2, que estaria sendo produzido pelo homem em quantidades
enormes, a ponto de ser o responsável pela mudança no clima da Terra, não é
quantitativamente nada se comparado à produção desse gás pelos próprios oceanos
e mares do Planeta: neles são produzidos cerca de 90% de todo o gás carbônico
produzido na Terra. Como pode o homem influenciar o clima da Terra com uma
produção de CO2 tão insignificante, em termos do tamanho do planeta
Terra? É muita presunção!...
Outra ilusão muito propagada pela
mídia é a relativa às fontes ditas “alternativas”. Este termo, “alternativa”,
já desde a origem equivocado, leva muitos a proporem que uma hidrelétrica, como
a de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará, seja paralisada e
substituída por uma fonte “alternativa” como a eólica!... Na verdade, a energia
eólica, a energia das marés, e das ondas, a energia da biomassa, dentre outras,
são tão somente fontes “complementares”, pois não têm a capacidade de geração
de potência e nem a constância que têm a grandes hidrelétricas ou mesmo
termelétricas e nucleares. Se essas são as fontes convencionais de produção de
energia elétrica, aquelas são, no máximo, fontes complementares, pois nunca
serão capazes de substituir ou constituir-se em verdadeira alternativa a
qualquer uma das fontes convencionais. Esta é a verdade! Mas, o que estaria por
trás de tanta ilusão? Quem são os maiores interessados em que os países em
desenvolvimento, como o Brasil, deixem de produzir energia elétrica e tenham o
seu desenvolvimento freado? É uma questão complicada para se responder, mas,
certamente, deve ter uma resposta. E deve estar ligada, sem dúvida, a grandes
grupos econômico-financeiros de caráter multinacional.
Gabriel, o Pensador, lista outras
pequenas, mas, também, significativas mentiras do Brasil. Lembra ele em seu rap: A justiça é cega, Deus é
brasileiro, o brasileiro é cordial, homem não chora... Essas e muitas outras
ilusões são constantemente disseminadas pela mídia e pelas próprias pessoas, em
suas relações diárias, como se fossem verdades inquestionáveis, que geram mitos
e crenças capazes de levar muita gente a comportamentos inadequados e até
hostis à sua segurança e à sua própria saúde. Muitos exemplos poderiam ser
citados, mas é deixado ao leitor pensar sobre tais ilusões.
O ideal é que todas as pessoas,
todos os cidadãos, possam passar por processos educativos que lhes garantam a
capacidade de discernir entre as ilusões propostas como verdades, e as verdades de fato.
Estas, às vezes, até mesmo contraditadas e atacadas como mentiras. É a inversão
de valores de uma sociedade doente, manipulada e manipuladora.