terça-feira, 30 de abril de 2013

MUNDO DE ILUSÕES


Vivemos num mundo de ilusões. São tantas as ilusões, tantas as mentiras divulgadas como verdades, que podemos dizer que Gabriel, “O Pensador”, estava certo no seu “rap” intitulado “Todas as mentiras do Brasil”. O texto abaixo discorre sobre muitas mentiras, ou ilusões, a que todos estamos expostos no mundo em que vivemos, seja nacional seja internacionalmente.

“Todos são iguais perante a lei.” Esta expressão, registrada na Carta Magna brasileira, já expressa esse mundo de ilusões em que somos levados a viver. Afinal, o que significa ser “igual” perante a Lei, senão uma afirmativa totalmente ilusória? Porque se sabe, perfeitamente, que ninguém é igual a ninguém; nem mesmo os gêmeos idênticos são, de fato, iguais – quem conhece gêmeos de perto, sabe o quanto diferentes eles são: na personalidade, nos gostos, etc! Ser igual perante a Lei é, portanto, a primeira grande ilusão em que somos levados a acreditar. E tratar os diferentes como se fossem iguais é uma grande injustiça! O que estaria por trás de tão grande ilusão como esta? O Legislador talvez quisesse dizer que a Lei se aplica, igualmente, a todos os cidadãos, independentemente de suas diferenças! E o que mais existe, hoje em dia, são diferenças entre os cidadãos... No entanto, pode-se questionar: não seria mais interessante, e mais humanamente justo, tratar as pessoas segundo suas peculiaridades, identificando as diferenças entre elas?... E é, justamente, o que acontece no mundo real. As pessoas são discriminadas, positivamente, pela Lei e pelos costumes, ao arrepio da afirmativa constitucional. De fato, as pessoas são discriminadas pelo sexo, por meio de banheiros masculino e feminino; pela idade, por meio dos estatutos do idoso e do adolescente; pelo extrato social a que pertencem, por meio de bolsas de ajuda governamental e por meio de “tarifas de energia para baixa renda” e cartas sociais, nos correios; e pela condição física, por meio de várias exigências legais para os portadores de necessidades especiais, dentre outras discriminações... Teria sido a demagogia a inspiração oculta dos legisladores para cunhar uma expressão tão ilusória na Carta Magna? A verdade é essa: ninguém é igual perante a Lei. A Lei que caracteriza o roubo isenta desse crime o filho que rouba o pai... Este filho não é encarado, pela Lei, como ladrão, porque teria roubado de seu pai; mas se fosse outra pessoa a roubar, esta seria considerada ladra.

Em nível internacional, devem ser destacadas as ilusões divulgadas pelo painel internacional sobre as mudanças climáticas (o IPCC). São mentiras deslavadas, mas que têm sido apresentadas como se fossem as maiores verdades do mundo! Felizmente têm sido contestadas por um número cada vez maior de cientistas e denunciadas na forma de artigos científicos, blogues e livros, em todo o mundo. Só a Livraria Cultura apresenta em seu catálogo sobre o assunto, aquecimento global, vários livros, metade dos quais de cientistas totalmente contrários às teses alarmistas de ambientalistas radicais e seus cientistas apoiadores e, sabe-se lá, mais quem... Cai por terra, segundo cientistas independentes, a história do aquecimento global. Este estaria associado à influência do homem sobre a natureza, a partir da poluição do ar pelo gás carbônico (CO­2). Os denominados “cientistas céticos” – em oposição àqueles que acreditam e dão seu aval à tese do aquecimento global – têm demonstrado, claramente, que é muita presunção do ser humano acreditar que possa estar influenciando o clima do mundo. Verifica-se que o homem somente tem alguma influência sobre algo equivalente a aproximadamente 7% da superfície da Terra, sendo o restante coberto por água (71%) e geleiras, desertos e florestas. Dizem, esses cientistas, que o clima é algo dependente de fenômenos naturais muito maiores do que qualquer poluição ou atividade humana. Pode-se reconhecer, no máximo, uma influência sobre o ambiente local, por meio de poluição atmosférica, sonora, visual, etc. Verifica-se, ainda, que o tão malfadado CO2, que estaria sendo produzido pelo homem em quantidades enormes, a ponto de ser o responsável pela mudança no clima da Terra, não é quantitativamente nada se comparado à produção desse gás pelos próprios oceanos e mares do Planeta: neles são produzidos cerca de 90% de todo o gás carbônico produzido na Terra. Como pode o homem influenciar o clima da Terra com uma produção de CO2 tão insignificante, em termos do tamanho do planeta Terra? É muita presunção!...

Outra ilusão muito propagada pela mídia é a relativa às fontes ditas “alternativas”. Este termo, “alternativa”, já desde a origem equivocado, leva muitos a proporem que uma hidrelétrica, como a de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará, seja paralisada e substituída por uma fonte “alternativa” como a eólica!... Na verdade, a energia eólica, a energia das marés, e das ondas, a energia da biomassa, dentre outras, são tão somente fontes “complementares”, pois não têm a capacidade de geração de potência e nem a constância que têm a grandes hidrelétricas ou mesmo termelétricas e nucleares. Se essas são as fontes convencionais de produção de energia elétrica, aquelas são, no máximo, fontes complementares, pois nunca serão capazes de substituir ou constituir-se em verdadeira alternativa a qualquer uma das fontes convencionais. Esta é a verdade! Mas, o que estaria por trás de tanta ilusão? Quem são os maiores interessados em que os países em desenvolvimento, como o Brasil, deixem de produzir energia elétrica e tenham o seu desenvolvimento freado? É uma questão complicada para se responder, mas, certamente, deve ter uma resposta. E deve estar ligada, sem dúvida, a grandes grupos econômico-financeiros de caráter multinacional.

Gabriel, o Pensador, lista outras pequenas, mas, também, significativas mentiras do Brasil. Lembra ele em seu rap: A justiça é cega, Deus é brasileiro, o brasileiro é cordial, homem não chora... Essas e muitas outras ilusões são constantemente disseminadas pela mídia e pelas próprias pessoas, em suas relações diárias, como se fossem verdades inquestionáveis, que geram mitos e crenças capazes de levar muita gente a comportamentos inadequados e até hostis à sua segurança e à sua própria saúde. Muitos exemplos poderiam ser citados, mas é deixado ao leitor pensar sobre tais ilusões.

O ideal é que todas as pessoas, todos os cidadãos, possam passar por processos educativos que lhes garantam a capacidade de discernir entre as ilusões propostas como verdades, e as verdades de fato. Estas, às vezes, até mesmo contraditadas e atacadas como mentiras. É a inversão de valores de uma sociedade doente, manipulada e manipuladora.

 Uilso Aragono (abril de 2013)

Quem sou eu

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Sou formado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado na Univ. Federal de Santa Catarina e Prof. Titular, aposentado, na Univ. Fed. do Espírito Santo (UFES). Tenho formação, também, em Filosofia, Teologia, Educação, Língua Internacional (Esperanto), Oratória e comunicação. Meu currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787185A8

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